quarta-feira, 17 de novembro de 2010


Nos filmes os finais são sempre felizes. Mas para atingir a felicidade tem de passar pela estrada do sofrimento e pela ponte das lágrimas. Só que no final tudo se transforma num passe de mágica.
Na vida real essa estrada é tão longa e essa ponte é tão instável. A solução parece nunca aparecer. Talvez eu devesse procurá-la, mas o medo de passar pelo sofrimento de novo é muito grande. Talvez eu tenha me conformado com as coisas assim. Talvez seja melhor que elas fiquem assim.
O que nos filmes não mostra é que na estrada pedaços podem ficar para trás, pedaços que um dia farão falta e que não existe um departamento de perdidos e achados, agente tem de voltar todo o caminho e passar por tudo outra vez.
Na vida o caminho é longo, no meio dele a gente para, pensa, mas nada parece racional, então só esperamos por um milagre. O milagre não chega então seguimos pelo caminho cheio de espinhos afiados, que de vez em quando nos machucam e deixam grandes marcas.

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